O Blog da Storm
Você pode navegar pela prateleira utilizando as teclas ← e →
Você pode navegar pela prateleira utilizando as teclas ← e →
Dermablend, marca famosa por seus produtos de maquiagem que cobrem a pele, criou uma campanha sensacional com um vídeo que se tornou viral essa semana.
Com o título “Go beyond the cover” (vá além da capa, em tradução livre), o vídeo foi produzido com a participação do modelo canadense Rick Genest, mais conhecido como Zombie Boy. Sim, aquele cara que tem o corpo 100% tatuado e ficou super conhecido depois de participar do clipe “Born This Way” de Lady Gaga.
No vídeo, Zombie Boy tem seu corpo todo coberto por maquiagem, dando a aparência de que não possui tatuagens. O modelo entra em cena, senta em uma cadeira e usa o removedor da marca para revelar sua verdadeira aparência. A campanha convida o público a perder preconceitos e ver a essência das pessoas. Chama atenção também o conceito utilizado na campanha “Como você julga um livro?” que associado à imagem da transformação de Zombie Boy provoca uma resposta que valoriza o poder do produto.
Sensacional! Palmas para essa grande sacada de marketing.
Confira o comercial:
Assista também o Making Of da transformação:
A Norwich Business School, da University of East Anglia (Reino Unido) produziu um vídeo bacana para divulgar seu MBA, mas acabou alcançando um resultado muito maior ao explicar, de maneira resumida, o que é branding. Então, o que diferencia um logo ou uma identidade corporativa de uma marca? Segundo o vídeo, é o conjunto de sentimentos e ações que dão um valor único ao produto. Se traduzido em cifrões, é o que faz a Coca-Cola valer mais do que o produto interno bruto de 3 países juntos. Ou o que faz da Google um verbo.
PS: Pra quem não sabe a Storm é especializada em branding para o marcas do segmento de moda.
Fonte: Amanda Almeida/Royaltalks
Logo que a Tiffany foi fundada, em 1837, as peças eram tão exclusivas que tinham numeração. Quando uma joia perdida chegava às lojas da grife, um funcionário a identificava e a devolvia para a casa do dono, pelo correio.
O símbolo de exclusividade inspirou a linha “Return to Tiffany”, que tem a peça mais “acessível” da grife, um pingente de prata cujo preço passa de duas centenas de reais. É o que a joalheria chama de luxo para todos.
O conceito de “luxo acessível” tem estimulado as manufaturas do segmento a ampliar promoções e parcelamentos e a desenvolver itens mais “baratos”, geralmente pequenos acessórios, que servem de porta de entrada para novos consumidores.
“A ideia é que todos possam consumir um produto Tiffany. E o consumo é uma experiência singular. Por R$ 215, a pessoa recebe um pingente na caixa azul e abre o laço de fita Tiffany, que nunca dá nó”, diz Sandro Fernandes, gerente-geral.
Há três meses, a Tiffany passou a parcelar as compras em até dez vezes. O limite, até então, era de três prestações.
O Brasil foi o primeiro país em que a joalheria permitiu dividir o pagamento. E hoje as duas lojas da marca em São Paulo são as únicas do mundo que parcelam as compras em até dez meses.
A Salvatore Ferragamo também ampliou o prazo de pagamento. As prestações em dez meses só eram permitidas nos dias que antecediam datas especiais, mas neste fim de ano a marca resolveu estender a promoção.
Para conquistar novos clientes, a Ferragamo prepara o lançamento de uma linha de sapatos mais “em conta”. “A gente se preocupa em atender esse cliente que quer vestir Ferragamo, mas procura preço um pouco melhor”, diz Mariana Nashalla, diretora da marca no Brasil.
ATRAIR OS JOVENS
A diretora de Marketing da Cartier no Brasil, Véronique Claverie, destaca que a crise econômica mundial motivou a marca a relançar a linha “Les Must de Cartier”, coleção com acessórios em couro, isqueiros e objetos coloridos. A linha havia sido criada na década de 1970 e, atualmente, é campeã de venda.
“Faz parte de uma estratégia global da Cartier atrair públicos novos, seja um público mais jovem ou um público que vai viver suas primeiras experiências com luxo”, afirma a diretora.
No Brasil, uma das estratégias é ampliar a presença em cidades menores. A intenção é instalar quiosques em lojas de revenda pelo país.
As grifes brasileiras H. Stern e Ricardo Almeida também miram os jovens.
O estilista que faz os ternos de Lula lançou há poucas semanas uma linha de jeans “para atingir o jovem que gosta de ir para a balada”. E a H.Stern reforçou os itens da linha MyCollection, que traz peças joviais, como um berloque em forma de caveira.
“Os jovens brasileiros não se preocupavam com design e com produtos exclusivos. Hoje eles têm essa preocupação”, diz Christian Hallot, “embaixador” da H.Stern.
Segundo ele, a joalheria tem procurado se adaptar ao jeito de consumir dos jovens.
“Em vez de comprar uma joia de R$ 2.000, eles preferem quatro de R$ 500.”
Fonte: Folha de S. Paulo
Juliana Castro, do Mundo do Marketing fala da importância do posicionamento de marcas no mercado de luxo e como as marcas luxuosas têm procurado se adaptar ao perfil de seu cliente.
Como adoramos o tema, resolvemos compartilhar o texto na íntegra aqui com vocês.
PS – A propósito, pra quem não sabe, a STORM é uma agência mineira especializada em branding e em criar publicidade para o mercado da moda.
Revistas como forma de atingir o consumidor do luxo
Como o mercado de luxo se posiciona diante do seu público? Como falar com um target refinado que busca a diferenciação e a exclusividade? Para uma comunicação efetiva e eficaz é preciso primeiro definir certas questões como qual é o público? Como quero atingí-lo? E qual dos meus produtos é classificado nesta categoria? Sem estabelecer estas diretrizes, não é possível saber a mensagem e nem o posicionamento que a marca deve tomar.
As marcas mais luxuosas têm procurado se adaptar a esse perfil de consumidor a fim de torná-lo mais próximo. A linguagem usada é diferente, pois o cliente deste segmento não quer aquilo que é comum. Eles buscam algo único. “A presença dessas marcas em editoriais tem muita mais importância do que anúncios em revistas”, diz Rafael Sampaio, Vice Presidente da Associação Brasileira de Anunciantes.
Quem entendeu como fazer isso foi a Daslu, embora até a um tempo atrás a marca não tivesse um trabalho de posicionamento no mercado. Em sua loja não havia vitrine, mas vendia tudo o que muitas não tinham, como produtos da marca Chanel. Um ponto forte é que a Daslu sempre soube qual era o seu público, entendia o estilo de vida das mulheres de São Paulo de maneira única como nenhuma outra loja conseguia capturar, mas não se posicionava para ela.
Essência da marca
A marca iniciou então uma estratégia para se expressar de forma pertinente e diferente. Em vez de fazer um catálogo tradicional, semelhante aos que fazem a maior parte das lojas, a Daslu criou uma revista mostrando a sua cara, contando sobre o que acredita, promovendo o seu estilo.
A publicação é distribuída para 40 mil clientes especiais e traz assuntos de moda, mostra quem são as pessoas que fazem a marca e tem como idéia principal humanizar a relação com seus consumidores. “Isso faz com que quem é parecido com aquilo se sinta atraído e queira se aproximar da marca”, explica Fernando Luna, Sócio-diretor Editorial da Trip, durante o IV Fórum de Comunicação Integrada de Marketing, promovido pela ABA.
Outro modelo de sucesso para se comunicar com o consumidor do luxo é a revista do Shopping Cidade Jardim, também produzida pela Trip. O centro de compras tinha como objetivo se posicionar de forma diferente de seus concorrentes até então, como o Shopping Iguatemi e até o Shopping Morumbi, ambos os que conseguiam atrair este público, além da Daslu. A distinção em relação aos demais começou pela arquitetura.
Modelo de diferenciação
O Cidade Jardim é aberto e conta com luz e vegetação natural, lembrando shoppings americanos. Outro diferencial é o seu portfólio que conta com lojas refinadas como Chanel, Tiffany e Rolex. O shopping também tem lojas como a Zara e o sorvete Mil Frutas, por entender que luxo não é só aquilo que é caro e tem marca conhecida, mas sim o que é de qualidade.
O estabelecimento utiliza a revista para ajudar na construção da imagem de exclusividade. A idéia é fazer com que o target saiba com quem está falando, mostrar qual a cara do shopping e fazer com que o público se identifique. Os personagens da revista ajudam neste posicionamento. Em uma de suas edições, a publicação trouxe Luiz Felipe D’Ávila, sócio da Casa do Saber, que falou sobre a necessidade da elite brasileira de se engajar nas questões sociais do país. O entrevistado fala isso para o público direto, para a elite, que são os consumidores das marcas que estão no shopping.
Outro exemplo é o da Dufry. Como não é possível fazer nenhum tipo de comunicação de massa, pois depende do cliente que viaja, a empresa procura dialogar com o seu consumidor. Sua revista vai além de comunicar os produtos. A publicação mostra rostos conhecidos no mundo inteiro como Julia Roberts e Geoge Clooney contando sobre suas experiências de viagens. “Com a ação, a Dufry deixa de ser uma loja que vende muitos produtos e passa a ter algo sobre cultura”, completa Luna.